VAMOS CRIAR UM “QUADRO DE ÉTICA GOVERNATIVA”

sexta-feira, 13 de março de 2009

Segundo noticia hoje o “Jornal Público”, o auditor da Energias de Portugal (EDP) Vítor Franco, demitiu-se por discordar de algumas regras aplicadas na contabilidade da eléctrica em 2008, tendo apresentado a sua demissão do conselho geral e de supervisão (CGS) da EDP e da comissão de auditoria interna, onde exercia funções desde 2006 como membro independente.

O jornal revela que a demissão está relacionada com divergências de fundo quanto o modo como a operadora registou nas contas de 2008 os ganhos de 405 milhões de euros obtidos com a dispersão em bolsa de 25 por cento do capital das EDP Renováveis, em Junho do ano passado, informando Aida que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que é o regulador do mercado está a acompanhar o caso.

Ora duas situações se colocam:

1º - Ou a EDP aplicou correctamente as regras contabilísticas e o assunto termina aqui

2º - Ou aconteceu o contrário e o auditor deixou de receber o seu vencimento na EDP, sendo que esta tem sido a prática corrente para tudo fique na mesma, ou seja não haverá apuramento de quaisquer responsabilidades e afasta-se uma voz incómoda.

Face à situação que vivemos e a comprovarem-se os motivos da demissão deste auditor, este deveria passar a fazer parte de um “QUADRO DE ÉTICA GOVERNATIVA”, o qual deveria ser criado pelo poder público e escrutinado nomeadamente pela opinião pública.

Neste tempo de desconfiança e de falta de ética em que vivemos, nomeadamente no sector financeiro, poderíamos aqui ter uma boa oportunidade para começar a restaurar a confiança da opinião pública.

O Governo, as Empresas públicas ou privadas e demais Instituições, poderiam recorrer a este quadro de PERSONALIDADES e passar a nomeá-los para as suas administrações, dando-lhes o comportamento ético que tantas vezes lhes falta.

Deixaríamos assim de estar dependentes exclusivamente da política partidária, premiando antes todos aqueles que, pela sua actuação profissional e pessoal, foram capazes de demonstrar que só o regresso da ética pode resolver a actual crise financeira e de confiança em que nos encontramos.

Miguel M.



1 comentários:

Anónimo disse...

Realmente esta sugestão/necessidade é uma miragem. Digo isto pois quando esta gente nem para nomear um "boy" para o poleiro, como sucessor do Sr. Nascimento Rodrigues, se conseguem entender, fará sobre algo que mexe com tantos "clientes" espalhados em regime de rotatividade por essas grandes empresas, a maioria de vital importância para o País, cumprindo com mestria as regras oficiosas do poder político. Este caso EDP é apenas mais um a juntar à miséria de ideais politicos e não só em que mergulhou Portugal. Venham lá as eleições e sejamos nós a resolver, mandando esta classe politica para a reforma, mesmo que sejamos nós a pagar, como sempre, essa reforma...